24 novembro 2011

Barulho

Os passos não pressionam
o soalho dos meus pensamentos,
apenas esmagam as gotas que os meus sentimentos colecionam,
impedindo os seus dolorosos crescimentos!

Estas líquidas partículas vis
apertam todo o meu ser na dor
e, sem outra opção, eu aceito o que não quis,
adotando, como meu, o pudico e oco ardor.

Do piano, só os martelos se ouvem
ronronando monstruosa e brutalmente,
apagando aquilo que outrora fora a minha mente.

O agudo e grave parecem distintos.
Contudo, simultaneamente, famintos
da pressão e da dor da minha estrela que nada sente!

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