A leitura de Frei Luís de Sousa, obra dramática do brilhante A. Garrett, é assim mesmo: obrigatória! Não digo que seja indispensável ao cultivo intelectual de qualquer jovem. Pelo contrário, considero-a bastante flexível. Em comparação com Um Auto de Gil Vicente, esta não é a obra cativante que esperava. Falta-lhe emoção, vida, até! Fica-se pelo insosso, parecendo contentar-se com as desgraças e com os desgostos. É claro que um liberal, como Garrett, não aprecia muito frades e, assim, o final que Madalena e que Manuel sofrem deve parecer-lhe adequado e de, certo modo, com sentido. Na minha prescritiva, não há grande encanto neste drama e, realmente, me espanta como a consideram superior a tão notável escrito que é Um Auto….Não julgando-a totalmente detestável, porque é consumível e pela honra que está ligada ao autor, pode considerar-se esta obra insípida e negligenciável. Era, antes, melhor ser obrigatório e imposto ler outros dramas de Garrett. Pelo menos, deste modo, cresceria alguma admiração pelo autor por parte dos leitores que se contentarão apenas com esta obra. Boa a sorte àqueles que, naturalmente, terão de a ler.
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