02 abril 2012

Old Friends Never Die

É verdade que o tempo massacra os corações unidos, deteriora as vontades de permanecer juntos. Sim, é verdade que o vento do futuro arrasa as ligações frágeis da amizade. É, contudo, na capacidade de resistir às falsificações que reside a verdadeira força. Apagam-se memórias felizes. Removem-se sinais de lágrimas. O presente, porém, é para sempre. A amizade é para nunca mais… Os mais antigos amigos permanecem similares: os mesmos rostos vívidos, os mesmos olhos felizes, os mesmos traços cansados do humor exagerado. A magia de tal conexão é impensável. Sob a construção, aparentemente, confusa jaze um segredo. Ninguém nunca o ouviu, o sentiu, o devorou; mas todos os seres que amam o sabem de cor: os velhos amigos nunca morrem. A amizade é o reino onde a infância é permanente. Quem sabe se os amigos que se fazem na vida adulta duram? São ligações famintas da ingenuidade infantil, não são tão genuínas como as lágrimas do primeiro amor despedaçado derramadas no ombro da criança ao nosso lado. A infância dota-nos dos exatos companheiros para esta estrada difícil que tendem a chamar futuro. Quando o sol deixar de ser tão límpido e precoce como hoje saberei que, simultaneamente, terminou a minha infância e a minha oportunidade de amar genuinamente o próximo. Nessa altura, contudo, terei ao meu lado as mais poderosas armas e as mais felizes recordações para vencer qualquer obstáculo. Aí começarei a trilhar o brilhante futuro que cabe a cada um de nós erguer, ou deixar desbotar no vento do passado. Os velhos amigos estarão a almejar a vitória e a lutar pela sua, porque a vida é o constante jogo de batalhas e almejos!

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