17 maio 2012

A fonte do insucesso…

Hoje, pela mera constatação da fraca importância das opiniões  na construção de um caráter, concluí que o insucesso provem da satisfação e felicidade.
O filho do Homem mais rico se não ambicionar o céu será medíocre ou, por talento natural, mediano. O filho do Homem mais pobre, cujo futuro é sempre e para sempre assegurado pelo Estado, não se tornará autónomo se não abraçar a vontade de crescer. Aquele que se deleita no lar da segurança ou satisfação é vão na vontade e, consequentemente, não atinge o que não almeja.
Talvez aí resida o futuro do sistema educacional: vamos tentar incutir insatisfação, hábitos de contestação semelhantes ao do proletariado da primeira sociedade de classes. Aí, provavelmente, o que vive sufocado pelo patrão quererá transformar-me no poderoso e não deixará ao acaso o futuro. Por outro lado, o que vive na sumptuosidade das virtudes aristocratas e burguesas lutará pela permanência da dinastia.

Hoje, acolchoa-se o chão dos ocos, doira-se a podridão da corrupção, mas ignora-se a injustiça que prepondera país fora: estamos a ser explorados! Sufocados pela vontade de restituir fundos, cobrir erros… Asfixiados pela preguiça de uns e pela dor de outros. Os que estão desprovidos de meios de sustento não adquirem o suficiente, mas os que, comummente, se deliciam com as regalias não controladas engordam de desperdício.

Veio o associativismo, o sindicalismo, o socialismo, o anarquismo, a democracia, e a guerra continua alimentada pela cegueira instantânea  dos que ascendem e cessem a observação dos que, dificilmente, sobrevivem. Olhem! O insucesso e a crise são, em última análise, provocados pela satisfação decorrente do querer ser mais do que se é, do querer ter tudo e para nada trabalhar.

Porque se perguntam sobre o insucesso escolar? Não é evidente que os revolucionários, os que querem mais e os que almejam um futuro melhor fogem incentivados?

Não é gritante a discrepância entre o desempenho do querer subir e do nada almejar?!

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