Uma vez que «The Hunger Games» é apontada como a nova grande saga, é inevitável compara-la à mais magnífica de todas: «Harry Potter».
Olhemos o enredo de ambos os filmes, há tal disparidade que escolher um favorito é, assim, escolher um tipo de filme predileto: fantasia ou drama, tendo em comum, talvez, somente a ação. Há, porém, tal soturnidade no enredo do novo fenómeno que tanto nos atrai como nos repele, pois, em tempos como este, assistir a tal tristeza e, quase, morbidez não é, propriamente, apelativo. Procuramos uma fuga da realidade negra e o que encontramos é uma outra ainda mais degradada! Neste ponto, «The Hunger Games» tinha tudo para falhar, mas parece, antes, agradar, em especial ao público mais jovem, que, como sempre, é leal às suas personagens favoritas até ao fim. Por outro lado, «Harry Potter», embora impregnado daquele caráter trágico que advém da morte dos pais do Harry e da sua infância miserável, é o filme mágico, que atraí as massas e a concretização de um universo paralelo que, apesar de enfrentar dilemas bem negros, traz em si certa infantilidade e coragem deliciosas. Deste modo, na minha opinião pessoal, é inconjurável preferir a nova saga à já terminada… Sim, descubram-a, talvez, nos próximos filmes a atmosfera desbote-se e se torne mais apelativa para os que não procuram a dor constante no grande ecrã!
Por outro lado, olhemos as bandas sonoras: desde o primeiro filme da mais antiga saga que há aquela musiquinha mágica associada, que, com o passar do tempo, foi se tornando mais madura e sofisticada. A banda sonora de «Harry Potter» é, portanto, excepcional e não se camufla, antes, vive em complementaridade com a imagem, sendo um ele crucial no produto final. Quanto à outra trilha sonora, pouco há a apontar… é, realmente, autónoma, no sentido em que assume, igualmente, uma posição, mas, já que ainda vamos no 1º filme, resta descobrir se a qualidade aumentará ou se esvai!
Contemplemos os cenários, então: ambas sagas primam pela perfeição nos seus, mas, devido à longa vida e experiência de HP, é notória certa grandeza, que, ainda, não se encontra no novo fenómeno. Aliás, qual cenário poderão competir com Hogwarts, a escola com que todos sonhamos?
Finalmente, apreciemos o trabalho dos atores… Na verdade, aquilo que é próximo ao coração, pela razão é preferido, certo? Pois, apesar da maturidade e incrível faculdade dos atores de HG, os membros de HP cresceram com diversas gerações e, por isso, são queridos, já que cada ano era obrigatório um novo filme desta saga, como algo tão certo e preciso. Talvez, com o lançamento dos restante filmes, o gosto pelas personagens da nova saga se expanda tanto, que se equipare… Aliás, bem sei que já alguns fãs sentem esta enorme admiração. Se separarmos o ator da personagem, há a realçar o talento já muito aclamado de todos, a bravura das personagens de HG e a magia e determinação das de HP.
Em conclusão, na minha opinião, «The Hunger Games» não substituirá a terminada saga, mesmo que ultrapasse os recordes de bilheteira ou o número de fãs, no coração dos verdadeiros potterianos, Katniss nunca tomará esse lugar. Além disso, este universo mágico está agora disponível na incrível experiência que é o Pottermore, passe por lá!
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