É estranho como as coincidências e encruzilhadas da Fortuna nos conduzem, indubitavelmente, a um único caminho. Com efeito, apesar de ter intenção de requisitar Persuasão, acabei trazendo Sangue Azul, já que do primeiro estava disponível, somente, uma edição de bolso. Todavia, chegada a casa, a minha surpresa foi grande, quando pelo prefácio descobri serem a mesma obra. Em inglês, Persuasion e em português, Sangue Azul ou – como mais recentemente tem ficado conhecida – Persuasão.
Deste modo, iniciei a leitura com a expectativa usual dedicada a qualquer obra austeniana. De facto, mostra-se consumível… Uma história doce e ligeira!
Não é o enredo mais brilhante. É, contudo, agradável e ideal para os dias tão nebulados desse nosso estivo. Diria-se um conjunto de personagens simpáticas e uma protagonista – Anne Elliot – cativante; semelhante, penso, a Fanny de Mansfield Park em génio, diferente em tudo em condição e, suficientemente, díspar no seu destino para ser mais apreciada…
Como sempre, Bath representa um cenário delicioso e, em suma, a história romântica desta obra é uma das mais apelativas da autora. Um bom livro, certamente! A ler e reler…
01 agosto 2012
Sangue azul de Jane Austen
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