05 março 2014

How to be Happy: Stress Free Mornings

A luz gritante da informação e o stress

Oiço uma música da qual já nem gosto em virtude de me extrair sempre no momento errado do sonho que andara oito horas a cultivar e sem vontade, absolutamente, nenhuma deixo o peso mantido sobre as pestanas relaxar.
Momentos depois, ainda sem conhecer bem o mundo, já uma luz gritante me fere as retinas com informação. Informação! É esta a palavra da sociedade de hoje e, o pior de tudo, é que anda de mão dada com vício.
Há pelo menos dez meses que repito a mesma rotina de adição: vamos lá ver o email, o youtube e a minha centena de subscrições, o Público, o Instagram, o Facebook, o Expresso, o The Guardian, um ou cinco blogs, a meteorologia e, por fim, verificar se há algum episódio das milhentas séries que estou a seguir.
Tudo isto numa transição anímica entre (ainda) o telemóvel e depois o computador, enquanto devoro sem dar conta uma xícara de chá verde e algumas torradas com queijo fresco.
Isto não é novidade para ninguém e, muito provavelmente, este hábito é partilhado, também, por si, companheiro sedento por novidades que receia perder a última dica, notícia, vlog ou fotografia.
Os dias mais curtos - ou mais cheios - parecem acentuar estes caminhos maliciosos que reclamam atenção, mas que, ultimamente, tenho tentado diluir.
E está você a perguntar-se: porque estou eu, ainda, a ler este conjunto, inexplicavelmente, longo de afirmações óbvias?
Bem, espero que tenha permanecido na esperança de encontrar uma luz no fundo do túnel do ritual da rede.

Segunda feira acordei a horas decentes e, pela primeira vez, em não sei bem quanto tempo, fiz o pequeno almoço e comi-o a olhar a manhã dormente, ainda nublada - ou melhor, já nublada - um pouco cinzenta e, sobretudo, calma.
Esta calmaria - talvez até paz - há muito não sentia, absorvida nos meus jeitos de maníaca pelas notícias. Tinha encontrado um pequeno tesoiro e fiquei, verdadeiramente, estarrecida como a substituição de uma página da web por um céu nada primaveril me impingia a força de um dia que acabara de começar. 
Emfim, um verdadeiro despertar.
Portanto, elimine a sua música preferida do alarme, já que isso só o vai fazer odiá-la, profundamente. Escolha um qualquer toque irritante que o obriga a calar a campainha miserável e troque a luz dos ecrãs pela luminosidade do sol da manhã - ou, acidentalmente (ou não),da tarde.
Uma dica simples e até óbvia, mas, para mim, basilar para um dia diferente e, definitivamente, com outra disposição.
O stress do quotidiano já é suficiente, veja o jornal depois do chá!
Convencido?

Inspirado na vida,
IP

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