A Cura: Maratonas
Ainda a semana passada, estava eu a sonhar com longos sobretudos cinza coroados por cachecóis neutros e inesquecíveis. Uma hora de leitura e outra de luvas e aconchegos térmicos...
Basicamente, a resposta final aos meus anseios.
Eis que regressa o sol e os queridos 30 graus para me estragar a disposição e, infelizmente, a saúde!
Com as cordas vocais de um móvel tratado - uma analogia interessante - e com a energia de uma relíquia bem cuidada, rendi-me ao evidente e minimizei o estrago com um pouco de conforto ficcional.
Depois de algumas horas do mais inevitável trabalho, um prazer que, de certo, me custará umas horas de sono.
Eis as melhores séries-antídotos:
Once Upon a Time (2011- )
Leal consumidora de universos fantásticos e criações alineadoras, encontrei aqui a transposição necessária para um mundo de carne e osso, mas nem por mais real...
Um enredo, genuinamente, surpreendente nos encadeamentos que propõe, que não podem deixar de agarrar o mais desinteressado dos espectadores.
Um dose de magia contaminada pelo ar de todos os tempos, vestidos brilhantes e reviravoltas ousadas pronta para ser consumida em grandes quantidades!
Sherlock (2010- )
O encontro sublime entre a classe britânica e a agudez cinematográfica transporto para o maravilhoso pequeno ecrã.
Uma produção extraordinária que, desde sempre, ocupou o lugar cimeiro das minhas escolhas televisivas.
Cada episódio concentra mais de 60 minutos, mas fá-los desaparecer num piscar de olhos.
Verdadeiramente, imperdível.
The Big Ben Theory (2007- )
Uma escolha rápida e repleta de bom humor para todas as tardes desta vida.
Inteligente, peculiar e confortável, este é o aglomerado imenso de unidades velozes e interessantes.
Desde sempre nosso companheiro das pausas entre calhamaços ou dos Domingos chuvosos.
Suits (2011- )
Uma descoberta recente e, no entanto, nada menos do que apaixonante.
Apesar de ainda estar na 1ª temporada (em resultado de uma maratona improvisada pelo meu estado débil), os episódios que já devorei despertaram grande vontade de vestir um belo fato corporativo...
Uma esfera cheia de charme que é, além de tudo, complementada por magníficos protagonistas.
A não perder.
Friends (1994-2014)
Depois de ler este artigo (explore aqui) do The Telegraph, a familiaridade da série foi bastante arrasada, isto é, reduzida ao esporádico episódio...
De facto, dediquei algumas semanas à maratona total do fenómeno que envolvera gerações, mas um olhar mais cuidado revela problemas mais sérios e frustantes do que os desculpáveis.
Ainda assim, um lapso temporal de descanso exige a presença destes amigos; não os descarte, já que o amor ultrapassa até mesmo o pior dos defeitos (ou pelo menos, é o que me dizem).
Esteja em perfeita condição ou numa dormência doentia, dedique um par de horas ao consumo compulsivo da vida dos outros...
A cura ideal para o stress acumulado.
Acompanha-me?
Inspirado na vida,
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