A ilusão vestia a realidade
e tinha os pés fincados no desejo desesperado
de amar e deliciar o ser com a simplicidade
da paixão divina e do sentimento almejado.
Ah, que doces horas! Voava
o tempo, qual borboleta ágil, mas natural.
Oh, como fui feliz! Queria e gritava
pela morte súbita impregnada da delicia brutal!
O coração nascia, séculos após a dormência.
O azul cristalizado desbotava-se no rosa urgente
que brotava do sonho e da sonolência.
O sol já se erguera e quebrara a demência.
O ser sonhador agora estava sedento da alegria ausente,
esperava de novo o transbordar feliz da sapiência.
Sem comentários:
Enviar um comentário