27 dezembro 2011

Real, Insano e Faminto

A ilusão vestia a realidade
e tinha os pés fincados no desejo desesperado
de amar e deliciar o ser com a simplicidade
da paixão divina e do sentimento almejado.

Ah, que doces horas! Voava
o tempo, qual borboleta ágil, mas natural.
Oh, como fui feliz! Queria  e gritava
pela morte súbita impregnada da delicia brutal!

O coração nascia, séculos após a dormência.
O azul cristalizado desbotava-se no rosa urgente
que brotava do sonho e da sonolência.

O sol já se erguera e quebrara a demência.
O ser sonhador agora estava sedento da alegria ausente,
esperava de novo o transbordar feliz da sapiência.

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