Turista Residente
Durante tantos anos vivi no mesmo local com raro contacto ao mundo exterior, que, agora, vivendo num sitío completamente novo, surge-me como responsabilidade a tarefa de aproveitar o bom tempo, os segundos livres e a cultura gratuita!
Portanto, passei o fim de semana numa pequena expedição dedicada à descoberta de Lisboa e de tudo o que tem para oferecer a um turista (residente).
Primeira Paragem: Chiado
Não vim cá ver, de novo, a rua Augusta nem o Terreiro do Paço. Antes, quis visitar o Museu do Design e da Moda (MUDE) nesta mesma rua.
Interessante? Diria, definitivamente, confuso! A entrada é gratuita - o que se mostra rara exceção nesta cidade de gananciosos. Porém, a exposição permanente está desprovida de explicações e as temporárias de orientações.
Enfim, arriscamo-mos por andares que não sabiamos se nos eram permitidos ou não. Vimos peças de mobiliário e ignorámos os longos discursos relativos a umas peças que deveriam compensar a falta de informação relativa a outras.
Mais uma vez - e, especialmente, por ser fim de semana - a arte de rua era cativante!
A demanda pelo gelado
Naturalmente, a rua Augusta é a mais movimentada e, consequentemente, aquele em que as gelatarias estão mais desprovidas de gelados.
Atravessámos toda a sua extensão e surgiram, somente, três opções: um café com bom aspecto e um elevado número de clientes à espera, que passámos; uma gelataria com as reservas quase esgotadas; uma pastelaria com pouco variedade, mas que, devido à ausência de escolha, foi a predileta.
Para fugir ao calor de Agosto que se sente neste final de Setembro, uma bola de Morango... Agradável, mas, claramente, vencível!
Campo Grande
Estava eu na Sexta-Feira à procura de bons jardins ou museus que custassem absolutamente nada. Ora é claro que a escolha era mais do que reduzida, mas, entretanto, na pesquisa, surgiu este Jardim do Campo Grande.
Fim da história? Impossível de encontrar. Na verdade, de natural só vimos este pavão no passeio... Estranho, não?
Bem-Vinda
É sempre agoniante chegar à estação de metro final e pensar que ainda temos uma avenida para subir até chegarmos a casa...
No entanto, ontem estava um por do sol tão bonito: um perfeito dia de Verão que se desvanecia sob um manto quase reminiscente dos citrinos da época.
Enfim, eu, qual turista, fotografei o momento, mal saída das inacabáveis escadas.
Marquês do Pombal
Não há muito a dizer...
Estavamos a caminho do Parque Eduardo VII e encontrámos o Marquês e todos os seus animais de estimação cristalizados no tempo!
Mais uma vez...
Esqueça a ideia de que a arte de rua é inferior à antiga ou à tomada, efetivamente, por algo com valor.
Esta ilustração tão bontia foi, na verdade, uma das melhores caraterísticas do Parque referido.
Degradação & Abandono
É quase depressivo ver tal obra arquitetónia transformar-se em mais um local em ruínas povoado, apenas, por sem-abrigo e sem mais nada a oferecer.
Assim, tendo em conta todo o estado das áreas circundantes e do próprio jardim, o Parque Eduardo VII foi, claramente, uma desilusão!
Beleza em Contraste...
As escassas flores!
Esculturas?
Sempre admirei quem é capaz de trabalhar a pedra de modo a que tome formas humanas tão perfeitas, o que não é o caso desta estátua no centro de um lago perto de uma esplanada do Parque Eduardo VII. As suas proporções estão exageradas e a matéria parece grotesca...
A desilusão continua.
Fim do labirinto
À parte....
Este pequeno lago com esta ponta é adorável, não concorda?
A vida sob um calor abrasador
Pela cultura do espiríto, o domínio da força
À beira Tejo
Estar à beira rio faz-me sentir quase em casa. É relaxante, bonito e agradável. Perfeito para uma caminhada de Domingo ou até um momento de reflexão.
Fontes Inesgotáveis
Estar sob tais temperaturas faz com que semelhante fila de água seja uma visão deliciosa.
Depois dos nossos mantimentos se terem esgotados, qualquer cenário semelhante é especial!
Arco de Água
Mesmo junto ao Oceanário de Lisboa, esta bonita paisagem: ao fundo, um arco de água com uma pressão imensa; pelo caminho, um pequeno lago decorado com um caminho de pedras; em volta, diversas maquinetas que usam a água como motor!
Uma boa opção para um dia solarengo.
Toda a sombra é desejada!
A infância é infinita...
De volta...
Para chegarmos ao Café di Roma - bastante recomendável - tomámos a ponte (pouco segura) sobre o rio. A sua falta de opacidade assustou-me de tal forma que no retorno tomei o caminho por terra firme.
É um passeio, realmente, agradável cujo valor aumenta em contraste com o terror da anterior passagem!
Assim, em conjunto com mais algumas voltas no Centro Comercial Vasco da Gama, terminou um fim de semana de exploração.
Curioso para descobrir as próximas paragens?
Inspirado na vida,
IP
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