Por Estradas Infantis: Sete Cidades
Naquele Setembro mais recente, comecei eu a tarefa de dar a conhecer sítios especiais, dotados de uma luz própria entusiasmante. Desvendei Lisboa e alguns dos seus recantos, movida pela imensa vontade de olhar o mundo todo de uma só golpada.
Porém, regressada a casa, vejo-a com essa nova energia. Os sítios gastos pelo tempo e pelo uso, tornaram-se postais nos quais figuram silhuetas infantis que se deleitam nas águas mornas das lagoas micaelenses.
Voltei, portanto, a um dos sítios mais deslumbrantes da ilha e deixei-me levar por uma [nova] lente que procura a beleza inegável da criação original.
Agitada Calmaria
As margens caminháveis da lagoa verde são uma verdadeira delícia, já que combinam a impressionante visão montanhosa de um poder desconhecido e um leito que se remexe, permanecendo paradisíaco sob a dança solar. Refresque-se e encontre o perfeito antídoto para o tórrido guardião.
Para O Infinito E Mais Além
Se estiver de passagem - e espero que esteja - aproveite a sombra deliciosa fornecida pelas múltiplas espécies de árvores que rodeiam esta porção da lagoa. Ideal para um almoço improvisado ou para uma aventura pela natureza.
Magnífica Solidão
Repousar junto à lagoa, apreciar a sua imensidão e notar a pequenez do observador são momentos, inexoravelmente, imperativos. Um éden rudimentar que o impinge nas mais profundas reflexões.
Mini Macro Obsession
O pormenor tem se transformado, rapidamente, numa séria predileção. A imensidão de rebentos selvagens e das cores extraordinárias não podia ser esquecida por uma lente que insiste em desvendar os mistérios profundos...
Civilização Perdida
Talvez seja até insultuoso insinuá-lo, mas, de facto, sempre que visito as redondezas - que é, realmente, habitada - fico com a impressão de aquela é, somente, um joia esquecida pelo tempo e pela história.
A peculiaridade de alguns dos edifícios é nada menos do que fascinante e completamente reminiscente de uma aristocracia diluída ou aprisionada nas lendas intemporais.
O azul do teu olhar
O outro lado da obra-prima natural é, igualmente, magnífico, com o seu manto azulado e translúcido.
Visite-o com o coração aberto, os olhos preparados e uma enorme vontade, já que os caminhos vertiginosos que lhe dão acesso aliam, horripilantemente, o brutal e o cruel numa paisagem arrebatadora...
Viva o céu manchado dos Açores e aproveite a sua incondicional beleza.
Vai resistir?
Inspirado na vida,
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