21 dezembro 2011

Raiva & Traição

És falsa, plástica, morna, incapaz de ultrapassar o meio.
Oh grande perda! Ah, perda de irritação!
Salvação pela doce e repleta de fel traição…
Lágrimas encarnadas transbordam o meu seio.

A garganta arranha de indignação.
Quê? Chegadas ao túmulo e escapas?
Abandonas o lar, sentindo-te a invocação
do mais fino ser a quem, apenas, se vêm as capas.

Ah, como o fel queima a língua já dormente!
Deitaste-me o veneno na boca e sorriste,
escarneceste qual retorcida mente.

Oh ajudante do cavaleiro infernal,
se tu própria és a traição e me fugiste,
quem me resta neste percurso letal?

A ti só te restam peças do jogo carnal…

1 comentário:

Anónimo disse...

:)
Sinceramente, desejo nunca estar na pele da tua "inspiração" a este poema.

Mas, como sempre, está maravilhosamente bem escrito!! Tens vindo mesmo a evoluir nestes últimos anos, de uma forma que se calhar nem tu consegues imaginar!
Beijos,
B.R.*